Bolo de banana saratonínico

Faço bolos desde o primeiro ano do ensino médio, quando comecei a estudar no período da manhã. Até o fim do ensino fundamental, eu havia estudado no período da tarde e de repente tinha a tarde inteira livre em casa e minha mãe sugeriu: por que você não aprende a fazer bolo?

Minha avó paterna tinha fama de boleira da família, mas eu tinha apenas 7 anos quando ela morreu e não tive tempo de aprender a magia das claras em neve com ela. Mas as receitas dela ficaram e são essas que eu faço até hoje!

Tudo o que sei sobre bolos, aprendi no fim da década de 1990 com a Isamara Amâncio no programa da Ana Maria Braga que ainda nem era na Globo!

Esse bolo de banana é um dos favoritos do meu marido e filha. Eu não gosto de banana e como, só para você ter uma ideia de como ele fica gostoso!

Uma ótima opção para um lanche ou café da manhã. Sem peso na consciência! :)

Ingredientes:
4 ovos
1 xícara (chá) de açúcar
3 colheres (sopa) de manteiga
1/2 xícara (chá) de leite
2 xícaras (chá) de farinha
6 bananas fatiadas
açúcar e canela para polvilhar (faço a olho, acho que são umas 4 colheres de sopa de açúcar e 1 colher de canela)

Torta espiral de legumes

Um tempo atrás, vi no Pinterest uma linda torta com cenouras, abobrinhas e berinjelas fatiadas e organizadas em espiral. Linda! Resolvi testar com abobrinha e cenoura como vi no Tastemade e funcionou bem! Ainda quero testar com berinjela também, mas como minha filha não é muito fã desse vegetal, vou guardar a ideia para depois! :)

Um fatiador de legumes japonês (mandolim) é útil para cortar bem fino. Um descascador de legumes também funciona

Eu abri a massa e coloquei de volta na geladeira enquanto fatiei os legumes. Preferi começar enrolando os vegetais pelo centro da torta

Com um pouco de paciência e logo a bonita aparece!

Da receita do Tastemade, eu mudei só o creme que eles sugerem para cobrir a torta porque acho que 300ml de creme de leite mais 4 ovos um pouco #Incormechama demais. Tirei gordura mas acrescentei temperos, então não ficou insossa! E, afinal, é sempre mais fácil ser mais saudável numa segunda-feira! Segue minha versão do creme:

- 2 ovos

- 300ml de leite 

- 2 colheres de sopa de cebola picada super fino

- 150g de parmesão ralado (eu não sou muito fã do cheiro e o gosto daquele que já vem ralado no pacotinho, prefiro comprar uma peça e ralar na hora. Se fosse usar esse, colocaria 50 gramas)

- 1 colher (chá) de sal

- pimenta moída na hora

Realmente demora para assar. Tanto é que eu queria fazer para o almoço, mas foi atrasando e deixei para o jantar. Mas vale a pena esperar! :) 

Discurso sobre a vagem

As vagens inspiradoras

Hoje eu estava passando minha habitual vergonha de ir ao sacolão e lotar o carrinho com todos os vegetais possíveis de Abacate a Vagem e, justamente enquanto escolhia vagens, surge um menino de uns 8 anos e pergunta para a mãe:

- Mãe, isso aqui é vagem?

- É sim, filho.

- Posso abrir uma só pra ver como é por dentro?

Neste momento, eu pensei: só pode ser pegadinha. Como esse menino não sabe o que é vagem? Querem ver se a japa ia se meter na conversa maluca. Fiquei mesmo com vontade de falar: que tal se a gente te abrisse só pra ver como é por dentro? Mas a mãe deixou o menino levar seu experimento científico adiante:

- Essa bolinha no meio é igual a alface?

- Não, isso aí é igual ao feijão.

- E gosto é bom?

- Não sei...

E falou outras coisas que eu não consegui ouvir porque eles foram andando em outra direção e também porque meu coração fez barulho se quebrando: o menino estava mais do que claramente interessado em experimentar esse legume e a mãe não deu cedeu. Quase sai atrás deles falando: vai lá na casa da tia Sarah experimentar refogado de batata, cenoura e vagem, é uma delícia!

Enquanto eu terminava de pegar todos os verdes que queria, não consegui parar de pensar nessa cena da vagem.

Primeira coisa, sempre achei que nutrição deveria ser ensinada na escola, assim como finanças. Eu nunca precisei calcular a área de um heptágono depois que saí do ensino médio e também nem lembro mais como acontece uma mitose, mas me alimento e pago contas todos os dias. Como uma pessoa que entra no sacolão para comprar sorvete (caro) vai dar oportunidade para o filho de criar bons hábitos alimentares? Ele é menor de idade e ela é responsável pela alimentação dele, entre outras coisas. Como alguém pode ensinar ao filho algo que não sabe? Trouxe um punhado de vagens para casa por R$ 0,70, menos de um real! Preço não é desculpa! Nem precisa ser chef de cozinha para cozinhar vagem, mas para quem não sabe, eu que não sou chef ensino aqui.

Segunda coisa, como eu tive sorte em ter uma mãe que sempre fez legumes em casa. Hoje eu também faço legumes para minha filha e se ela estivesse comigo no sacolão poderia dizer ao menino: vagem eu até como mas eu gosto mesmo é de couve! haha

Terceira coisa: nesse mesmo sacolão da história de hoje, há uns 3 ou 4 anos, uma senhora estava levando um saco enorme de vagem para casa. Ela me contou que come arroz com vagem todos os dias, que é a coisa que ela mais adora. Ok, respeito o gosto dela, mas o que mais me encanta nos vegetais é a variedade de sabores que eles trazem para as refeições. Eu não como arroz e feijão todo dia, que tédio! Um dia é arroz, no dia seguinte é batata doce, e no outro dia é mandioquinha, e no outro pode ser abóbora. Ou qualquer coisa que estiver na época. Novidade faz parte da vida!

Quarta coisa: já vi várias pessoas que me criticavam por pedir pizza de abobrinha (ou outras verdices) receberem um cartão vermelho da saúde, aquele médico que diz: ou você come melhor ou seu corpo não vai aguentar. Nunca torci para que isso acontecesse, mas é difícil não pensar "eu tentei te avisar" todas as vezes que isso acontece. E o que vejo é que depois de décadas comendo errado, é mais difícil mudar e desapegar dos hábitos antigos. Por isso que é melhor aprender desde cedo! Claro que ninguém sai do junk food para a naturebice de um dia para o outro, são várias etapas e cada melhora na alimentação gera alguma melhora na saúde. Não é por vaidade ou por medo de engordar. Uma barriguinha menor é conseqüência dessa alimentação saudável, mas não é uma meta. 

Feliz receita nova, ou melhor, feliz ano novo!

Seguimos uma alimentação equilibrada aqui em casa durante o ano inteiro. Mas nos permitimos experimentar pratos diferentes em datas comemorativas, como as festas de fim de ano e aniversários porque variar é uma delícia e isso nos ajuda a ter disposição para manter a alimentação do dia a dia mais saudável. Antigamente, nós comíamos tudo o que tínhamos vontade e chegou em um ponto em que nem bacon com calabresa parecia uma opção interessante. Parece que hoje nosso paladar está muito mais sensível e que os sabores são muito interessantes!

Durante 2014, acompanhamos algumas temporadas estrangeiras do MasterChef e ficamos com vontade de experimentar o bife Wellington. Como é uma receita trabalhosa, um tanto demorada e cheia de etapas, meu marido aproveitou a folga do fim de ano para faze-la para a ceia de Ano Novo. Achei delicioso, a massa folheada crocante combina muito bem com a carne macia!

Arroz integral com um pouco de açafrão e bife Wellington

Servi com arroz integral e salada de pepino e tomate cereja. A receita do bife Wellington é do chef Claude Troisgos. Para faze-la, compramos creme de leite fresco e não usamos tudo porque aparentemente não são vendidas embalagens com menos de 500 gramas. Então eu tive (hehe) que fazer uma sobremesa com cerca de 400 gramas de creme de leite fresco.

Para retribuir a gentileza do meu marido e paciente cozinheiro de bife Welington, encontrei uma receita que queria tentar há tempos porque comemos em um evento e ele tinha adorado: crème brulée. É um primo francês do brasileiríssimo pudim de leite condensado, só que bem menos doce (principalmente se você não fizer a calda de açúcar da receita, eu acho super doce e fico com dor de cabeça!)

Crème brulée sem calda de açúcar 

Mas para resolver o "problema" da sobra de creme de leite, criei outro: sobraram 5 claras de ovo quando fiz o crème brulée. Se a vida lhe der claras, bata uma pavlova! Confesso que gostei muito mais da pavlova do que do brulée. Fiz só a parte do suspiro/merengue de base, não cobri com chantilly nem frutas como a chef Nigella sugere na receita, mas se soubesse, teria batido o creme de leite que usei no brulée em chantilly e servido só uma sobremesa completa ao invés das duas que fiz só até onde achei melhor! haha Como faço bolos há quase 20 anos (tinha 15 anos quando fiz meu primeiro bolo e nunca parei), fico a vontade para inventar um pouco a partir de receitas doces que encontro.

Merengue de chocolate da pavlova - coloque mais chocolate em pó para ficar escura

E esse foi o resultado da visita de um convidado especial na nossa geladeira: o creme de leite fresco. Adorei a visita, se a cintura permitir, ele voltará em breve com seus 35% de gordura haha Ainda fiz mais um prato com os 50 gramas finais desse creme de leite, mas conto em outro post! Beijos e um 2015 bem nutritivo para você!

Um bom motivo para se encher de calorias!

No último sábado foi o meu aniversário e eu acredito que uma vez por semana podemos comer algumas calorias extras para evitar que o metabolismo fique lento demais. Mas não pode ser qualquer bomba calórica, tem que ser algo que realmente valha a pena. Dessa vez escolhi um delicioso petit gateau! Esse bolinho francês foi muito famoso em algumas cadeias de fast food  e restaurantes de São Paulo há uns anos, mas essa receita certamente é mais gostosa do que se vende por aí, garanto que vale cada caloria!

É necessário ter um pouco de paciência para descobrir o tempo que o bolinho deve ficar no forno para ser assado por fora e cremoso por dentro, mas em geral costuma ser uns 17 minutos em temperatura mínima (em torno de 180 a 200 graus Celsius). Se o bolinho estiver congelado há mais de um dia (sim, pode parecer estranho mas o bolinho é colocado congelado dentro do forno) e a quantidade de bolinhos também influência o tempo de forno. 

Em fornos com ventilação, o tempo é menor 12-13 minutos a 180 graus.

Como eu já fiz essa receita dezenas de vezes nos meus tempos mais gulosos, posso contar algumas coisas que percebi que fazem diferença para assar o petit gateau perfeito!

Ingredientes:

- 180 gramas de manteiga em temperatura ambiente (não pode ser margarina)

- 1 xícara (250ml - chá) de açúcar

- 1 xícara (250ml- chá) de farinha de trigo

- 175 gramas de chocolate amargo derretido (o meu favorito é o Lindt 85%, mas pode ser qualquer outro, costumo derreter em um prato no microondas por 30 a 60 segundos)

- 4 ovos

Modo de fazer:

Tire a manteiga da geladeira. Separe a clara e a gema dos ovos. Misture o açúcar e as gemas até obter um creme amarelo claro (eu uso a batedeira somente para bater as claras em neve, mas algumas pessoas preferem usa-la para bater a massa também). Acrescente a manteiga em temperatura ambiente e quando o creme estiver fofo, acrescente o chocolate derretido. Por fim, misture a farinha de trigo e as claras em neve até obter uma massa homogenea.

Uso forminhas de aluminio de   

Costumo unta-las com margarina e farinha de trigo, mas a farinha pode ser substituída por chocolate em pó. Coloco cerca de 2 colheres (sopa) de massa em cada forma, essa receita rende cerca de 10 bolinhos. Os bolinhos precisam ser congelados por pelo menos 3 horas antes de ir para o forno.

Dicas para assar:

Se o petit gateau fica tempo demais no forno, ele fica completamente assado e sem a parte cremosa de dentro, ou seja, um bolinho comum. Se ele não estiver totalmente congelado também pode assar completamente, por isso, não poupe horas geladas para seus bolinhos. 

Se o petit gateau fica pouco tempo no forno, ele explode quando é retirado da forma. Se o petit gateau ficar alguns dias no congelador, também pode precisar de alguns minutos a mais no forno: cerca de 3 minutos.

Depois de 15 minutos no forno, observe o crescimento da massa: se o bolinho estiver crescendo redondo como um cogumelo, já está totalmente assado e sem creme dentro.  Se o centro estiver cerca de 1 cm mais baixo do que as bordas, costuma estar no ponto ideal.

Sua batatinha está assando!

Até onde eu sei, todo mundo gosta de batata frita. E todo mundo sabe que ela não está na lista das coisas mais saudáveis para comer. Como fazer? Esquecer que batata existe?

Nãnão!

Asse a batata. É fácil e delicioso. Eu até acho essa versão de batatinha assada mais gostosa do que a batata frita.

Você vai precisar de:

- 600 gramas de batata bolinha, pirulito ou batatinha

- azeite extra virgem para envolver as batatinhas

- 1 colher de sopa de sal grosso

Distribua as batatinhas lavadas em uma assadeira média. Acrescente um fio de azeite e o sal grosso e misture bem com as mãos, de forma de todas as batatinhas fiquem envolvidas pelo azeite. Essa quantidade de batata rende 4 porções. Se sobrar, eu guardo na geladeira e esquento na frigideira sem óleo.

Asse no forno a 200 graus ou por cerca de 15 minutos ou até que estejam douradas. Costumo deixar as batatinhas assando enquanto faço uma saladinha e grelho um peixe para acompanhar, super prático e rápido!

Combina com:

- Salmão grelhado

- Salada de escarola

- Vinagrete de pimentão amarelo, cebola e tomate

Teste e me conte.

Experimente, seja feliz e me conte! ;)

Sanduíche pode?

Se você montar uma versão saudável de sanduíche, claro que pode!

X-salada? Sim! Americano? Pode também! Oba!

Hoje eu mostro um sanduíche que faz muito sucesso aqui em casa, o Americano de peito de peru. Não comemos mais presunto porque me faz mal.

Americano de peito de peru

Para o Americano, você vai precisar de:
- 1 pão francês (esse da foto é integral, algumas padarias de São Paulo tem essa opção e nos supermercados Pão de Açúcar também)
- azeite
- 1 ovo
- 1 ou 2 fatias finas de peito de peru light
- 2 fatias de mussarela light
-  rodelas de tomate
-  folhas de escarola ou alface a vontade

Um pouco de maionese light não tem potencial para arruinar sua cintura. Uma colher de sopa no máximo, por favor! E ketchup com moderação, mas prefiro um molho de pimenta mexicana porque além do sabor ser mais interessante ela acelera o metabolismo.

Lave a salada e a deixe de molho numa solução específica para higienização. (Ou compre saladas prontas para o consumo, se preferir). Borrife o azeite na frigideira, espere aquecer e coloque o ovo para fritar. Ao lado, coloque o peito de peru para fritar também. Quando virar o ovo, coloque a mussarela sobre ele e tampe a frigideira. Se sua frigideira não tiver tampa, pegue emprestada de uma panela porque isso ajuda o queijo a derreter.

Monte o sanduíche com o ovo, queijo, peito de peru, tomate e escarola. O Bruno come tanta salada que prefere usar uma tigela a parte. 

Combina com suco de limão e uma fruta.

É uma ótima opção para o jantar. Suja só uma frigideira e em cerca de 5 minutos você tem uma refeição nutricionalmente completa. E você come carboidrato a noite, Sarah? Sim, não engordo por causa disso. Teste e me conte.